Iniciou nesta semana a campanha nacional emergencial de vacinação contra o novo coronavírus. A vacina nacional disponível é a CoronaVac, que é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Se trata de uma vacina de vírus inativado com eficácia de 78% que possui poucos efeitos colaterais e não apresenta risco de provocar a doença em quem for vacinado.
A vacina será aplicada exclusivamente por via intramuscular em esquema de duas doses, com intervalo de 02 a 04 semanas. Nesse primeiro momento serão vacinados trabalhadores da saúde, pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência; pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência e população indígena vivendo em terras indígenas. Apesar de não ser contra-indicada a eficácia e segurança da vacina ainda não foi avaliada em gestantes, puérperas e lactantes, no entanto estudos em animais não demonstraram risco de malformações.
Pacientes em uso de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes ; portadores de doenças reumáticas imunomediadas; oncológicos, transplantados e demais pacientes imunossuprimidos, apesar de improvável que exista risco aumentado de eventos adversos deve se avaliar o risco benefício e a decisão referente à vacinação ou não deverá ser realizada pelo paciente em conjunto com o médico assistente, sendo que a vacinação somente deverá ser realizada com prescrição médica.
Como contraindicações temos a hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer dos excipientes da vacina e pessoas que já apresentaram uma reação anafilática confirmada a uma dose anterior de uma vacina COVID-19.
Recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com quadro sugestivo de infecção em atividade para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais. Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, idealmente a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas.
É importante que todo Brasileiro apto vacine-se para que possamos controlar esta pandemia uma vez que não existe tratamento nem medicamento capaz de tratar ou prevenir a COVID-19.
Dr. Marcos de Assis Moura
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