A hiperidrose é uma condição que é definida como sudorese excessiva além do fisiológico para a termorregulação de nosso organismo, sendo assim considerada patológica. Afeta de 1% a 3% da população, estando mais presente em adolescentes e jovens adultos sem distinção de sexo.
Essa doença normalmente apresenta sintomas focais sendo as regiões axilares, palmas das mãos e as plantas dos pés as mais acometidas. Além dos sintomas mais frequentes, outros achados podem estar presentes como odor forte e desagradável na região das axilas, conhecida por bromidrose e rubor facial associado hiperidrose crânio facial.
Devidos os sintomas relacionados, os pacientes portadores de hiperidrose frequentemente são taxados como pessoas ansiosas, nervosas ou que apresentem alguma fobia social, sofrendo um importante impacto negativo nas suas qualidades de vida.
Por isso algumas atitudes simples como comprimentos com apertos de mão, atividades de estudos e trabalhos, realização de provas escritas, entre outros, podem ser momentos embaraçosos, grandes desafios acompanhados de constrangimento. Não se pode esquecer também do impacto que a doença tem inclusive nas escolhas dos pacientes como na escolha de roupas, aquelas que se adequem e não exponham as marcas indesejadas de suor ou os locais que irão frequentar.
Como formas de tratamento existem algumas modalidades, dentre elas procedimento cirúrgico, conhecida como simpatectomia por videotoracoscopia, técnica que indicada após avaliação ambulatorial criteriosa apresenta forte impacto na qualidade de vida os pacientes.
Em breve abordaremos e traremos mais informações específicas sobre o tratamento cirúrgico da hiperidrose neste blog.
Por Guilherme Rodrigues
Referência:
1- Dobosz Lukasz, Stefaniak Tomasz. Evaluation of Quality of Life: Functional Assessment of Chronic Illness Therapy after Thoracic Sympathectomy for Palmar Hyperhidrosis. Thorac Cardiovasc Surg. 2018
2- CERFOLIO ET AL. The Society of Thoracic Surgeons Expert Consensus for the Surgical Treatment of Hyperhidrosis. Ann Thorac Surg 2011;91:1642–8.
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